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Introdução dos Editores

Introdução dos Editores

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Os escritos de Nick Land habitam uma anarquitetura desordenada, um espaço atravessado por vetores ratos e lobos que conjuram uma metafísica esquizofrênica. Tecnologias avançadas invocam entidades antigas; a voz humana se desintegra no uivo do trauma cósmico; a civilização se lança em direção a uma morte artificial. Sinistras subculturas musicais se aliam a cultos mórbidos, IAs inescrupulosas são perseguidas em criptas labirínticas por tiras Turing, e a Europa se expande a um laboratório de paranoia em um circuito ciberpositivo global que alcança densidade infinita no ano 2012, revirando a modernidade sobre o que quer que a esteja pilotando do lado mais distante da singularidade que se aproxima.

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27 – Qabala 101

Qabala 101

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INTRODUÇÃO

O qabalismo é problemático ou misterioso? Ele parece participar anfibiamente em ambos os domínios, procedendo de acordo com procedimentos rigorosamente construtíveis – como atestado pela afinidade com a tecnificação – e ainda assim intrinsicamente relacionado a uma Exterioridade através da qual apenas ele poderia derivar um sentido programático.

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17 – Fusão

Fusão

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[[]] A estória começa assim: A Terra é capturada por uma singularidade do tecnocapital, conforme a racionalização renascentista e a navegação oceânica se fixam na decolagem da mercantilização. Acelerar logisticamente a interatividade tecno-econômica esmigalha a ordem social em uma fuga auto-sofisticante das máquinas. Conforme os mercados aprendem a fabricar inteligência, a política se moderniza, atualiza a paranoia e tenta obter controle.

A contagem de corpos escala por entre uma série de guerras-globais. O Commercium Planetário Emergente debulha o Sacro-Império Romano, o Sistema Continental Napoleônico, o Segundo e o Terceiro Reich e a Internacional Soviética, intensificando a desordem mundial através de fases de compressão. A desregulamentação e o estado fazem uma corrida armamentista um contra o outro, adentrando o ciberespaço.

No momento em que a engenharia suave do tempo rasteja para fora da caixa dela e para dentro da sua, a segurança humana está colubrejando para uma crise. Clonagem, transferência lateral de genodados, replicação transversal e ciberótica inundam, em meio a uma escorrência ao sexo bacteriano.

A Neo-China chega do futuro.

Drogas hipersintéticas integram-se ao vudu digital.

Retro-doença.

Nanoespasmo.

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14 – Nenhum Futuro

Nenhum Futuro

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[[ ]] Nenhum Futuro [[1.343.] [[0]]

A lei do pai: ‘não toque sua mãe’.

A lei da mãe: ‘não brinque nas tumbas’.

K codifica cibernética.

Bataille incinera a alma, e é impossível suportar. Ou você morre, ou vai para algum outro lugar. Ou ambos.

Clicar no ícone da guerra-K o leva direto para o inferno. De quatro, chapado, murmurando implorante: ‘deixe-me ser seu animal de laboratório’. Você está perdendo o controle.

Colapse no agora. Tempo-zero.

Você foi despejado em uma colcha de retalhos heterogênea de experimentos criminosos que convergem em formações sociais decapitadas. Este é lugar onde o materialismo baixo intercepta o cyberpunk, FODA-SE O AMANHÃ rabiscado nas paredes.

Cinco velas engrossam o espaço noturno.

A dimensionalidade se deforma.

A modernidade inventou o futuro, mas isso tudo está acabado. Na versão atual, ‘história progressiva’ camufla táticas filogenéticas de pulsão de morte, onda-Kali: acelerando logisticamente a condensação da extinção virtual de espécies. Bem-vindo ao laboratório de matricídio. Você quer tanto que é um grito lento em sua cabeça, deletando-se em êxtase.

Carne queimada pendendo de eletrodos. Um suicídio falhado se fragmenta em impulsos ocultos…

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13 – Hipervírus

Hipervírus

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O que quer que a ultramodernidade coloque sob o domínio dos signos a pós-modernidade subverte com vírus. Conforme a cultura migra para dentro de máquinas-parciais (que carecem de um sistema reprodutivo autônomo), a semiótica desaparece em virotécnica.
0010101011011100101101010101001100100010001010101110100001010110010100101000110010011100100010000000001001111110001001001010101010000100001010100111111001001000100011010010001010010101111000101001000010001110100 Sim Não Sim Não Sim Sim Não mais o que significa? mas como se espalha?

Sem qualquer substância própria ou sentido para além de sua re re re replicação, sim não não nenhum uso do vírus jamais é metafórico. A palavra ‘vírus’ é mais re re vírus.
A cultura pós-moderna re re tagarela vírus vírus vírus vírus vírus vírus vírus vírus vírus vírus 0110001001001011010010010110010010010010010 ‘vírus’ (virodúctil, virogênico, imunossupressor e e ou, meta-, ou ou e ou hiper-) vírus.

10110010010011101100001001001. o hipervírus come o fim da história.

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07 – Depois da Lei

Depois da Lei

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Há dificuldades peculiares associadas a qualquer filosofia do direito, em grande parte devidas à inevitabilidade de que qualquer tentativa de uma avaliação transcendental sobre a lei se descobre encenando uma paródia do processo judicial. Desde o julgamento de Sócrates (se não já com o fragmento de Anaximandro), a filosofia tem afirmado sua vocação apenas na medida em que fantasiou um tribunal supremo: uma corte de apelação derradeira, ou forma ideal de justiça. A vindicação do Socratismo é inextricável do rejulgamento, tanto de absolvição quanto de contra-litígio, o fórum do qual permanece a instável questão da metafísica. Quanto à sua lei ‘própria’ ou ‘interna’, a lógica nunca foi nada além de uma destilação do processo jurídico, a forma abstrata de inclusão ou não inclusão de um caso sob uma lei (espécie sob gênero), que tem sido predominantemente tematizada como juízo, embora a linguagem de proposições tenha, mais recentemente, ganho proeminência. A filosofia e a autoridade judicial encontram-se ligadas entre si em um discurso sobre a legitimação real. Aparências (casos) devem ser julgados a partir da perspectiva de uma razão genérica em um nível superior de realidade, identificado, no período pré-moderno, com uma idealidade cujo termo final é o intelecto de Deus. Aristóteles consuma um sentido categórico – acusatório – de forma, e a colisão agostiniana do platonismo com a escatologia judaico-cristã e com o logos cristão apenas arraigou esta cumplicidade.

Este capítulo se divide em dois episódios, ou intersecções, do complexo jurídico-filosófico ocidental, em uma tentativa de dramatizar a tendência mais ampla deste processo: aquela do colapso em direção à imanência, ou evaporação do transcendental. Não há nada particularmente oculto ou misterioso sobre tal tendência, uma vez que ela encontra sua fase mais acelerada em nossa mercantilização contemporânea das transações sociais: a transição faseada da autorização, ou legitimidade, Geopolítica tradicional para uma eficiência impessoal e ciberneticamente automatizada. A ‘forma’ da mercadoria é uma matriz transmutacional e não uma ordem estática (sincrônica) de liberalismo econômico. Na medida em que o capital ainda é interpretado de forma platônica – de acordo com critérios de legitimação – há um evidente paradoxo, ou contradição emergente, neste processo, um paradoxo cujo desaparecimento é sintetizado pela figura de Georges Bataille, que oferece uma descrição operacional da lei. Bataille não mais oferece um procedimento jurídico de qualquer tipo, mas apenas uma tática de recodificação que converge para o exterior da história humana (onde tudo funciona sem respeito ou legitimidade).

Aqueles que buscam defender a administração humana dos processos sociais (onde o ‘homem’ especulativamente se une ao Deus do monoteísmo antropomórfico) não podem ter nenhum projeto além de restaurar uma história cujo sentido ideal se reconectaria com o significado do Ocidente, tais como aqueles proferidos por Platão, Aquinas e Hegel. Tal restauração é uma aspiração modernista que me parece inacreditável. Arrastar Platão e Bataille ante o tribunal da filosofia deixou de ser qualquer coisa além de um entretenimento, ainda assim eu dedico esse texto aos poucos animais políticos restantes no planeta Terra, como um experimento na tenacidade da filosofia, ou como um gracejo.

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